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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Questão - UNICAMP 2023 - No ano de 2020

UNICAMP 2023 -  No ano de 2020, iniciou-se um conflito interno na Etiópia, com complexas implicações humanitárias, econômicas e geopolíticas, adicionando novas tensões à frágil estabilidade política na região do Chifre da África. 
(Adaptado de YARED, Tegbaru. Institute for Security Studies – ISS. Acesso em 09/06/2022.) 
As causas do atual conflito na Etiópia resultam 
a) da instabilidade das instituições estatais gerada pelo processo de colonização europeia no século XVIII. 
b) do conflito bélico com a Eritreia em razão da disputa pela saída para o Mar Mediterrâneo. 
c) da tentativa de secessão da região do Tigré em função dos conflitos étnico-religiosos e políticos. 
d) da participação de interesses estrangeiros na gestão dos recursos naturais etíopes, a exemplo do petróleo.

RESPOSTA:
Letra C.

A alternativa A está incorreta, pois a Etiópia não foi colonizada pelos europeus. A alternativa B está incorreta, pois o conflito atual é interno à Etiópia e também porque não se trata do Mar Mediterrâneo, uma vez que, historicamente, a Etiópia busca saída para o Mar Vermelho. A alternativa C é a correta, pois o sangrento conflito armado instalado hoje na Etiópia resulta do movimento separatista do Tigré, situado na região norte do país. Por fim, a questão D está incorreta, pois o conflito mencionado não resulta do interesse de capitais estrangeiros e também porque a Etiópia não é produtora de petróleo.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Questão - UNICAMP 2024 - Nas últimas duas décadas

UNICAMP 2024 - Nas últimas duas décadas, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estreitaram relações de cooperação, dando origem ao grupo denominado BRICS. A primeira reunião de Cúpula ocorreu em 2009 – sem a participação da África do Sul, que foi incorporada ao grupo de países em 2011. Ainda que não se constitua oficialmente como bloco econômico, o BRICS vem articulando um conjunto de ações geopolíticas e econômico-financeiras, buscando influir na ordem global. Na 15ª Cúpula de chefes de Estado do BRICS, ocorrida em 2023, na África do Sul, tomou-se a decisão de incorporar seis novos países ao grupo: Argentina, Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia. Com essa nova configuração, o BRICS+, a partir de 2024, responderá por aproximadamente 46% da população mundial e quase 36% do PIB global. Com base em seus conhecimentos e no texto acima, responda às questões a seguir. 

a) Em qual momento de crise mundial foi criado o BRICS? Apresente ao menos três características semelhantes entre os países que formaram inicialmente o BRICS. 
b) Indique a principal ação econômico-financeira do BRICS e a sua finalidade e cite duas aspirações políticas do grupo no âmbito do sistema internacional.

RESPOSTA:
a) O BRICS foi criado no contexto da crise mundial de 2008, inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia e China. Estes quatro países, apesar de heterogêneos, apresentam as seguintes caraterísticas comuns: possuem grande extensão territorial; contam com um grande contingente populacional; possuem recursos naturais/minerais estratégicos (petróleo, gás natural, minério de ferro, ouro, água, entre outras riquezas); não compõem o grupo de países mais ricos; são economias industrializadas; são importantes exportadores de commodities; apresentam grandes desigualdades sociais; dentre outras. 

b) A principal ação do ponto de vista econômico-financeiro foi a criação do “Banco do BRICS” (Novo Banco de Desenvolvimento – NDB), uma instituição financeira de desenvolvimento multilateral voltada a ampliar a cooperação Sul-Sul. Esse banco tem por finalidade apoiar os países membros, assim como outros países periféricos, com empréstimos a juros mais baixos para financiar investimentos estratégicos em infraestrutura, energias renováveis, saneamento, entre outros. Dentre as aspirações políticas do BRICS, destacam-se, dentre as principais, as seguintes: desenvolver ações voltadas a criar alternativas a dominância financeira global de instituições como FMI e Banco Mundial; interferir no sistema internacional e na geopolítica global, desafiando a hegemonia do G7 (formado pelos sete países mais ricos do mundo e sob hegemonia dos EUA); ampliar o poder de decisão dos países membros em órgãos como a ONU; fortalecer o grupo de países do G20; reformar as instituições financeiras internacionais; e ampliar a cooperação Sul-Sul